quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Ahmadinejad e a Nova Ordem Mahdista





Os apelos de Ahmadinejad por uma NOVA ORDEM MUNDIAL são extremamente diferentes daqueles feitos pela elite globalista que ocultamente controla o Ocidente. A diferença de maior relevência é que Ahmadinejad - que professa o Islã Xiita (Shi'ah Ithna 'Ashari) - tem como prioridade apressar o retorno do 12º Imam, Muhammad al-Mahdi (um santo descendente do profeta Muhammad, que segundo a tradição, foi ocultado por Allah quando era uma criança de apenas cinco anos, no século IX, na cidade de Samarra, Iraque), e de Jesus (reconhecido como um grande profeta também pelos muçulmanos). Os xiitas unanimemente creem que antes do Juízo Final (Yawm al-Qiyamah), o Mahdi e Jesus instaurarão um GOVERNO MUNDIAL no qual toda a humanidade aceitará o Islã voluntariamente, dando início a uma NOVA ERA de paz. Vejamos algumas citações de Ahmadinejad que refletem a crença Xiita sobre o GOVERNO MUNDIAL DO IMAM AL-MAHDI E DO NABI 'ISSA (PROFETA JESUS):

"O Imam al-Mahdi e o Nabi 'Issa salvarão a humanidade."

"As estruturas econômicas, políticas e sociais da ORDEM MUNDIAL VIGENTE estão sob controle de um pequeno grupo (Sinédrio Sionista, Ordo Illuminatorum, Clube Bilderberg, Comitê dos 300, Conselho de Relações Exteriores, Clube de Roma, Comissão Trilateral) que se recusa a permitir que a situação mude para beneficiar os povos desfavorecidos." 

"A República Islâmica e o sistema de Velayat i-Faqih (governo dos Ayatullah) não têm outra missão que não seja a de preparar o mundo para o estabelecimento de um GOVERNO MUNDIAL ... liderado pelo Imam (al-Mahdi)." 

"O retono ao Mahdismo (Mahdaviat) é o única via que assegurará a sobrevivência da humanidade."

"Nosso querido Imam al-Ghayb (Imam Oculto, ou seja, o Mahdi), que Allah apresse seu retorno, controla os assuntos do mundo. Se não fosse de tal modo, nós (xiitas) já teríamos sido exterminados e o mundo transformar-se-ia num caos."

"O Irã têm a missão de estabelecer uma NOVA ORDEM MUNDIAL com base na justiça, no humanismo e na crença em Allah."

"O MUNDO exige um novo sistema econômico que proteja os interesses das nações, bem como um novo establishment político que traga paz, segurança e respeito mútuo á todas as nações."

"Os problemas enfrentados pelo MUNDO, tais como a crise econômica e a necessidade de uma mudança na ORDEM MUNDIAL VIGENTE, estão abertos à discussão pelos representantes da República Islâmica do Irã com os globalistas ocidentais. Nossos propósitos são: apresentar o ponto de vista da República Islâmica sobre o estabelecimento de uma NOVA ORDEM MUNDIAL e trocar ideias sobre GESTÃO GLOBAL."

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Astrologia Egípcia



ASTROLOGIA EGÍPCIA


Zodíaco de Dendera



ORIGENS

Os conhecimentos da civilização do Antigo Egito, serviram de base à quase todas as religiões e filosofias existentes na atualidade. A herança deixada pelos egípcios, que se debruçaram sobre quase todas as áreas da ciência e do saber é incalculável, dentre esses legados, está a Astrologia Egípcia, um método de auto-conhecimento baseado na posição dos astros no momento do nosso nascimento.

Os sábios egípcios eram extremamente hábeis para marcar o tempo, ótimos observadores, sabiam tudo sobre o movimento de rotação da Terra, muito antes que os astrônomos europeus explicassem o fenômeno, e o representavam simbolicamente através do casal Nut e Geb.
Muito obedientes aos sinais dos céus, que eram as imagens e as mensagens de seus deuses, exímios na arte de interpretar os astros e prever os destinos, foram provavelmente, os primeiros astrólogos de que se tem notícia.

Os egípcios consideravam a astrologia uma das ciências mais importantes de suas vidas e era tão fundamental que não saiam de casa sem antes consultar as predições do deus de seu signo. Acreditavam que os nascidos em um dia ruim teriam uma vida muito difícil e que quase nada poderia ser feito para modificar o que estava escrito nas estrelas. 

Em Dendera, encontra-se uma das mais antigas representações do zodíaco, pintada no teto do Templo de Hathor. Embora este templo tenha sido construído pelos Gregos Ptolomaicos, por volta de 600 a.C, seus dados astronõmicos refletem "o plano estabelecido nos tempos dos Companheiros de Horus", ou seja antes da primeira Dinastia do Egito, por volta de 3100 a.C., portanto muito antes dessa ciência surgir entre os Sumérios, na Mesopotâmia.

O Zodíaco de Dendera é diferente do zodíaco tradicional egípcio, uma vez que já estava adaptado ao sistema grego dos signos planetários, representados por formas animais e humanas. Nem todos os aspectos se encaixam no padrão babilônico, mas essas contradições também ocorrem na astrologia tradicional.

Os Astrólogos Egípcios, utilizavam para suas previsões, um calendário muito parecido com o que usamos hoje e que teria sido criado pelo sábio Imhotep, por volta do ano 2769 a.C. Por esse calendário, o ano egípcio iniciava quando a estrela Sírius surgia no horizonte de Mênfis, que corresponde ao dia 16 de julho. A partir do calendário de Imhotep, os astrólogos egípcios criaram um Zodíaco divido em 12 signos, correspondentes aos doze meses do ano.
Na astrologia egípcia, cada signo é representado por um deus; cada divindade regendo durante um período e vibrando suas características próprias sobre as pessoas nascidas sob um determinado signo. Considerado até hoje como um dos horóscopos mais interessantes, a astrologia egípcia ainda é praticada como mais uma ferramenta de auto conhecimento. Conheça o seu signo egípcio e descubra qual é a divindade que rege o seu destino.


O ZODÍACO EGÍPCIO

DATA
SIGNO
ATRIBUTOS
Signo Ocidental
16/07 à 15/08
Deus do Sol
Leão
16/08 à 15/09
Neith
Deusa da Caça
Virgem
16/09 à 15/10
Maat
Deusa da Verdade
Libra
16/10 à 15/11
Osíris
Deus da Renovação
Escorpião
16/11 à 15/12
Hathor
Amor e Adivinhação
Sagitário
16/12 à 15/01
Anúbis
Guardião dos Mortos
Capricórnio
16/01 à 15/02
Bastet
A Deusa Gata
Aquário
16/02 à 15/03
Taueret
Deusa da Fertilidade
Peixes
16/03 à 15/04
Sekhmet
A Deusa Leoa
Áries
16/04 à 15/05
Ptah
Criador Universal
Touro
16/05 à 15/06
Toth
Deus da Escrita
Gêmeos
16/06 à 15/07
Ísis
Deusa Mãe Cósmica
Câncer


HORÓSCOPO EGÍPCIO

(de 16/07 a 15/08)
Rá é a divindade principal do panteão egípcio. Está associado ao Sol e é considerado como o pai de todos os outros deuses. As pessoas nascidas sob o signo de Rá são fortes, determinadas e criativas. Possuem uma energia muito forte e têm habilidade de sobra para lidar com as dificuldades. As únicas coisas que arrasam estes seres tão fortes são a perda e a rejeição, pois não suportam fracassar. Mas, passada a onda inicial de tristeza e depressão, reerguem-se como a Fénix que renasce das cinzas e se dispõem a enfrentar novos e estimulantes desafios.

Neit (de 16/08 a 15/09)
Neit é a deusa da abundância. Cuida dos campos, da colheita e da caça. É a protetora dos deuses e guardiã das almas dos mortos, a quem ela acompanha rumo à morada definitiva. As pessoas nascidas sob o signo de Neit são pacientes, disciplinadas, práticas e objetivas. Não gostam de subterfúgios e não toleram mentiras. Possuem uma inteligência refinada e são capazes de cuidar de tudo detalhadamente. Exigem muito delas mesmas e também dos outros, pois gostam de perfeição e acreditam que a ordem e o trabalho árduo são à base de tudo. Quando traçam uma meta, fazem de tudo para alcançá-la. Cuidadosos, sinceros, bons companheiros e dedicados, os nativos de Neit estão dispostos a oferecer o melhor de si e esperam ser recompensados na mesma moeda.

Maat (de 16/09 a 15/10)
Maat é a deusa da justiça, da verdade e do equilíbrio. As pessoas nascidas sob o signo de Maat não toleram a injustiça. Passam a vida a cultivar relações harmoniosas e esforçam-se para viver sempre em equilíbrio. Em nome dessa filosofia, aprendem a ser diplomáticas e raramente se deixam abalar por intrigas ou fofocas. Por causa dessa força de caráter e de seu charme peculiar, freqüentemente se transformam na "melhor amiga" de seus amigos, na confidente, na conselheira que sempre tem algo bom e útil para dizer. Pena que nem sempre tenham a mesma lucidez para lidar com seus próprios problemas: um tanto inseguros, os filhos de Maat hesitam em tomar decisões e perdem ao colocar o seu destino nas mãos de outras pessoas.

Osíris (de 16/10 a 15/11)
Osíris é o rei dos deuses. Acima dele, existe apenas Rá, o Sol. Foi o primeiro faraó do Egito. As pessoas nascidas sob o signo de Osíris são justas, sábias e profundas. Possuem um poder espiritual muito forte, trata-se de um "presente" oferecido pela deusa Ísis aos protegidos do seu esposo. Caracterizam-se pelo seu temperamento forte, por vezes explosivo, pela sensualidade acentuada e pela persistência. Lutam com garra e energia pelas coisas que querem, e nunca se acomodam a uma situação pouco satisfatória. Quando contrariadas, podem tomar medidas extremas, pois Seth, o irmão mau de Osíris, por vezes lança o ciúme e a agressividade no coração. Ouvir a intuição e respeitar os próprios instintos são atitudes fundamentais para que os filhos de Osíris conquistem a felicidade e o sucesso.

Hathor (de 16/11 a 15/12)
Hathor é a deusa da alegria. Os seus domínios são a arte, a beleza, a dança e a música, assim como as viagens e o conhecimento superior. Protege os corações apaixonados e concede fertilidade às mulheres. É retratada como uma mulher bela, mas na sua cabeça existe um par de chifres, símbolo da parte animal que há em cada ser humano. As pessoas nascidas sob o signo de Hathor são generosas, sensuais, exuberantes, sinceras e encantadoras. Possuem muita vitalidade e perseguem os seus sonhos com garra e idealismo. Às vezes, ficam a perder devido ao exagero e excessiva boa-fé – por isso, aliás, são alvos constantes dos aproveitadores, e necessitam de estar atentas para não se deixarem enganar ou explorar. Quando enfrentam dificuldades, ficam mal-humoradas e descarregam a sua irritação em cima de quem for mais próximo.

Anúbis (de 16/12 a 15/01)
Anúbis é o deus que julga os seres humanos no momento da morte. O seu instrumento de trabalho é a balança da verdade, na qual coloca as almas dos mortos e avalia se merecem castigo ou salvação. As pessoas nascidas sob o signo de Anúbis são inteligentes, perseverantes e determinadas. Lutam com afinco pelo sucesso financeiro e profissional, mas geralmente demoram a colher os frutos dos seus esforços. Tudo porque têm uma missão importante: trabalhar! E, se por acaso alcançassem as suas metas cedo demais, poderiam acabar desviando-se dessa rota. Quando deparam com alguma coisa que consideram "errada", podem assumir o papel de juizes e agir de forma implacável, sem permitirem o diálogo ou a justificação.

Bastet (de 16/01 a 15/02)
Bastet é a deusa-gata, uma das esposas de Rá. Representa o poder benéfico do Sol e a força selvagem que dá coragem e ousadia. Era invocada nas alturas de dificuldade e o seu culto era um dos mais difundidos no Antigo Egito. As pessoas nascidas sob o signo de Bastet são extremamente bondosas, costumam aderir a grandes causas, pois o seu desejo é servir à humanidade. Amigas leais, fazem esforços surpreendentes para ajudar aqueles que amam. No entanto, gostam de sentirem-se livres e, tal como os felinos, preferem ser acariciados apenas quando sentem vontade. O lado negativo da sua personalidade deve-se a uma certa rebeldia, que às vezes assume grandes proporções, levando-as a atitudes insensatas e até irresponsáveis.

Taueret (de 16/02 a 15/03)
Taueret é a deusa da fertilidade. Protege as parturientes e as crianças, bem como as fêmeas prenhes de todas as espécies. As pessoas nascidas sob o signo de Taueret são liberais, generosas, compreensivas e tolerantes. Têm uma energia espiritual muito forte e podem manifestar dons mediúnicos. Sensíveis ao extremo, magoam-se com facilidade, podendo inclusive fazer verdadeiras tempestades em copo d'água quando percebem que o seu amor e dedicação não estão a ser retribuídos com a mesma intensidade. Podem enfrentar dificuldades materiais porque são pouco hábeis para lidar com dinheiro.

Sekhmet (de 16/03 a 15/04)
Sekhmet é a deusa da guerra. Possui força e coragem e tem como missão proteger o deus Rá e o faraó. Certa vez, Rá ordenou a Sekhmet que castigasse a humanidade devido à sua desobediência. A deusa executou a tarefa com tamanha fúria que o deus Rá necessitou de a embebedar com cerveja para que ela não exterminasse a raça humana. Desta forma, as pessoas nascidas sob o signo de Sekhmet são ousadas e corajosas. Adoram enfrentar novos desafios, mas pecam pela falta de obstinação. Aliás, é comum iniciarem um projeto de forma animada e abandonarem-no precisamente quando começa a dar frutos, isto é, quando deixa de ser um risco e a torna-se previsível. Isso também se aplica aos relacionamentos: a paixão é a sua grande procura. Exuberantes, enérgicas, um tanto quanto autoritárias, as pessoas de Sekhmet necessitam de aprender a arte da diplomacia e da tolerância, e a controlar a agressividade.

Ptah (de 16/04 a 15/05)
Ptah é o grande mago, senhor da serpente e das criaturas da água, símbolo supremo da fertilidade feminina. É ele quem dá vida aos homens e a todos os seres da Terra. As pessoas nascidas sob o signo de Ptah são pacientes e perseverantes. Apreciam o conforto material e procuram a estabilidade a todos os níveis. Na vida amorosa, nas finanças, no sector profissional. Quando colocam uma idéia na cabeça, não há nada que as faça desistir, e essa teimosia por vezes transforma-se num obstáculo ao seu crescimento pessoal. Isso porque não admitem os seus próprios erros e deixam de aprender com a experiência alheia. Contudo, quando um nativo de Ptah exercita bem o seu lado espiritual, transforma-se numa pessoa única, especial.

Toth (de 16/05 a 15/06)
Toth é a divindade que simboliza a inteligência aguda e a sabedoria. Foi Toth quem inventou todas as ciências, bem como a fala e a escrita. As pessoas nascidas sob o signo de Toth são comunicativas, inteligentes, mentalmente ágeis e ativas. Cultivam os mais diferentes relacionamentos e aprendem um pouco com cada um deles: tiram lições da sabedoria dos mestres, da racionalidade dos cientistas, da simplicidade dos humildes. Não toleram sentir-se presas ou controladas, e isso as leva a uma certa inconstância no amor. Habilidosas, têm talento para executar trabalhos artesanais ou que exijam atenção aos detalhes. São boas professoras, embora se mostrem um tanto impacientes.

Ísis (de 16/06 a 15/07)
Ísis é a deusa egípcia mais importante. As pessoas nascidas sob o signo de Ísis são sensíveis, amorosas, sinceras e incapazes de guardar rancor. Possuem um forte instinto maternal e costumam cultivar um relacionamento bastante intenso com a família, além de serem "mães e pais" de todos os amigos. Têm imaginação fértil e talento para as artes e para a escrita, pois conseguem captar e traduzir as sutilezas do amor, da vida, da existência. Fiéis, tolerantes, gostam de saber que são amadas e sacrificam-se por aqueles que lhes são caros. Apreciam o conforto e a tranqüilidade, inclusive, preferem um amor estável aos arrebatamentos da paixão.

Texto de Carlos Roberto

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Uma interpretação alternativa dos hieróglifos



20/03/2006

Dr. Usâmah al-Sa'adâwî, especialista em decifração hieroglífica (do grego: hierós+glyphéin, "escrita sagrada"), disse:

"Tenho a honra de anunciar ao mundo que a antiga deusa egípcia Seshat é de fato a famosa Rainha de Sabá (
Malikah Saba'), conhecida por Balqisesposa do grande rei e profeta Salomão. Eles (segundo a história bíblica e alcorânica) se casaram depois que ela fez uma visita a seu reino, e os egípcios registraram este grande evento em seus hieróglifos."

terça-feira, 31 de julho de 2012

Curiosidades sobre as Testemunhas de Jeová

 

Fachada egípcia do Salão do Reino das Testemunhas de Jeová no Queens, em Nova Iorque.


O Sol Alado (Winged Sun) em destaque.



Túmulo piramidal de Charles Taze Russel (19852-1916), fundador da Associação Internacional dos Estudantes da Bíblia ou Testemunhas de Jeová.



Capa da série Estudo das Escrituras (Studies in the Scriptures), publicada por Russel, exibe o Sol Alado.



Insígnia dos Estudantes da Bíblia, a Cruz Coroada (Cross and Crown) está associada à Maçonaria por ser o emblema do mais elevado grau do Rito de York: a Ordem dos Cavaleiros Templários.



domingo, 29 de julho de 2012

O Rito Palladista


Pike e Mazzini


Edith Starr Miller, também conhecida por Lady Queenborough, em seu livro Occult Theocracy (Abbeville: F. Paillart, 1933. p. 215), diz que a 20 de setembro de 1870, Albert Pike 33º (sistematizador do R.'.E.'.A.'.A.'.) e Giuseppe Mazzini 99º (R.'.A.'.P.'.M.'.M.'. e Carb.'.) restauraram um antigo rito maçônico caracterizado pela adoração à Lúcifer: o Palladismo.

Segundo Lewis Spence, a Ordem do Palladium foi uma associação maçônica fundada em Paris, em 1737, que adormeceu por alguns anos e chegou a cair no esquecimento. Spence registra também que Pike, co-restaurador dessa fraternidade adormecida, "praticava rituais ocultistas e estava em constate contato com Lúcifer." (SPENCE, L. An Encyclopaedia of Oculltism. Nova Iorque: Cosimo, Inc., 2006. p. 123) 

Os dois restauradores dividiram seus poderes da seguinte forma: Pike assumiu a autoridade dogmática e os títulos de Sumo Pontífice da Maçonaria Universal (Sovereign Pontiff of Universal Freemasonry) e Soberano Pontífice de Lúcifer (Sovereign Pontiff of Lucifer), enquanto Mazzini assumiu o poder executivo e também o título de Soberano Chefe da Ação Política (Sovereign Chief of Political Action). Pike renomeou a antiga instituição maçônica de Ordem do Rito Palladista Novo e Reformado (Order to the New and Reformed Palladian Rite).

A Santa Sé do Dogma (Holy See of the Dogma) para todo o mundo maçônico foi criada em Charleston (Carolina do Sul), a cidade sagrada do novo Palladismo. Pike, entitulou-se Presidente do Supremo Diretório Dogmático (President of the Supreme Dogmatic Directory), divisão que seria composta por dez irmãos dos graus mais elevados e que formariam o Supremo Grande Colégio dos Maçons Eméritos (Supreme Grand College of Emeritus Masons). A Soberana Diretoria Executiva da Alta Maçonaria (Sovereign Executive Directory of High Masonry) foi estabelecida em Roma por Mazzini. Em uma carta endereçada à Albert Pike, datada de 22 de janeiro de 1870, Mazzini escreveu:

"Devemos permitir que todas as federações continuem exatamente como estão, com seus sistemas, suas autoridades centrais (...) mas temos de criar um rito supremo, que permanecerá desconhecido, ao qual convocaremos apenas aqueles maçons de alto grau que serão selecionados por nós. No que diz respeito aos vossas irmãos na Maçonaria, esses homens devem ser compelidos a manter o mais rigoroso segredo. ESSE SUPREMO RITO (PALLADISTA), QUE IRÁ REGER TODA A MAÇONARIA E QUE SERÁ O SEU CENTRO INTERNACIONAL, SERÁ O MAIS PODEROSO PORQUE SUA DIREÇÃO SERÁ (ABSOLUTAMENTE) DESCONHECIDA." (MILLER, E.S. Op. cit., p. 208-209)

Os principais centros de atividade do Rito Palladista foram estabelecidos em Charleston, Roma e Berlim. Além destas sedes, Pike e Mazzini estabeleceram quatro Grandes Diretórios Centrais - GG.'.DD.'.CC.'. (Grand Central Directories) com a finalidade de reunir informações vitais para esforços políticos e propaganda. Estes eram: o G.'.D.'.C.'.  para América do Norte em Washington, G.'.D.'.C.'. para a América do Sul em Montevidéu, G.'.D.'.C.'. para a Europa em Nápoles, e G.'.D.'.C.'. para a Ásia e Oceania em Calcutá. Mais tarde, um sub-diretório para a África foi estabelecido em Port Louis, na ilha de Maurício.

Para recrutar adeptos, eles usaram alguns membros de outros ritos, mas no início contavam essencialmente com aqueles entre os iniciados do R.'.E.'.A.'.A.'. e R.'.A.'.P.'.M.'.M.'., que já estavam  profundamente familiarizados com o ocultismo. Um maçom de alto grau, particularmente, seria bem recebido em toda parte, em qualquer país, ou em qualquer rito, cuja existência fosse reconhecida. Assim foi que, particularmente os iniciados nos mais elevados graus do R.'.A.'.P.'.M.'.M.'. e R.'.E.'.A.'.A.'. que, devido às suas extensas ramificações internacionais, tiveram o privilégio de recrutar membros de outros ritos para o quadro palladista. Foi por esse motivo que o Supremo Rito criou seus triângulos (o nome dado às Lojas Palladistas) estruturados por graus.

O Palladismo é um rito de caráter neognóstico, inspirado nas antigas crenças do Bogomolismo búlgaro e do Catarismo franco-italiano. Seu ensinamento básico consiste em afirmar que a divindade é dupla, sendo Lúcifer (Deus do bem) igual ao Adonai (Deus do mal) dos hebreus (MILLER, E. S. Op. cit., p. 216-217). Vejamos o que o próprio Pike dizia:

“Sim, Lúcifer é Deus! Desgraçadamente, Adonai também é Deus, porque segundo a lei eterna, não há luz sem escuridão, beleza sem feiura, branco sem preto. O absoluto só pode existir na forma de duas divindades diferentes, assim como a escuridão funciona como fundo para a luz, a estátua requer uma base e a locomotiva necessita de um freio (...) a doutrina do satanismo é uma heresia (pois é sectária); e a religião verdadeira e puramente filosófica é a crença em Lúcifer, como sendo igual a Adonai, mas Lúcifer, que é deus da luz e do bem, está lutando pela humanidade contra Adonai, o deus das trevas e do mal.” Ele disse também: “A religião maçônica deve ser, por todos nós iniciados dos altos graus, mantida na pureza da doutrina luciferiana.” (ibid. p. 220-221)

Com Giuseppe Mazzini e Giuseppe Garibaldi na Itália, Lord Henry Palmerston na Grã-Bretanha e Otto von Bismarck na Alemanha, o objetivo de Albert Pike era criar, por meio de sua Ordem Palladista, um grupo elitizado que controlasse as atividades de todas as Obediências (Grandes Orientes, Grandes Lojas, Supremos Conselhos, Soberanos Santuários do R.'.A.'.P.'.M.'.M.'. e todas as Ordens Maçônicas) espalhadas pelo mundo.

William Josiah Sutton, em seu livro Lucifer, Eliphas Levi, Albert Pike and the Masonic Lodge (p. 16), disse:

"Pouquíssimos maçons sabem que Albert Pike, a mais alta autoridade da Maçonaria, cujos títulos recebidos (ou autoconferidos) foram Knight of the Sun or Prince Adept (Cavaleiro do Sol ou Príncipe Adepto), Mystic Poet (Poeta Místico), Sovereign Grand Commander (Soberano Grão-Comandante), Sovereign Pontiff of Universal Freemasonry (Soberano Pontífice da Franco-Maçonaria Universal), foi também o chefe da Order of Palladium (Ordem do Palladium), uma sociedade ulta-secreta (fundada por Giussepe Mazzini, o "pai da máfia italiana") que abertamente adorava Lúcifer e estava empenhada em destruir o Cristianismo, afim de substituí-lo pelo Luciferianismo. Albert Pike, o chefe dos maçons, foi também um apóstolo de Lúcifer.”

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Kali Yuga: o Apocalipse Hindu


Kalki 


Segundo as antigas escrituras indianas, estamos vivendo em plena Kali Yuga, a Era do demônio Kali (não confundir com a deusa Kálí), o período crepuscular do fim dos tempos.

É dito no Bhagavata Purana que Kali, o soberano das trevas, recebeu permissão de Brahma-Vishnu-Shiva para viver onde quer que houvesse matança de vacas, jogatina, prostituição e embriaguez, sendo essas as características predominantes da Kali Yuga, a Era do Ferro e das Trevas.

Yuga (não confundir com Yoga) significa quarto: assim, a Lua tem quatro Yugas. Segundo Mircea Eliade, o demônio Kali está associado à "discórdia, conflitos, disputas". Sendo assim, é a era em que a sociedade humana chega a seu nível máximo de degenerescência, de barbárie, de desintegração. Para os indianos, que gostam de jogar dados, Kali designa a face que perde, aquela com um só ponto... As quatro Yugas têm o nome das faces do dado:

Krita, ou Krita Yuga, é a Idade do Ouro da humanidade, a face do dado com quatro pontos.
Treta, ou Treta Yuga, é a Idade de Prata, a face com três pontos;
Dvâpara, ôu Dvâpara Yuga, a Era do Cobre, a face com dois pontos;
Kali, ou Kali Yuga, a Era do Ferro, é a face que perde, com um só ponto.

O que dizem e predizem as escrituras, os Puranas, sobre esse Yuga? Nada muito alegre, e segundo o Mahabharata e o Bhagavata Purana: “Pouco dotados de senso, os seres humanos estarão sujeitos a todos os tipos de doenças do corpo e do espírito, eles pecarão todos os dias e tudo aquilo que pode afligir os viventes, tudo o que é vicioso e impuro será engendrado durante a era de Kali.

“Quando a era de Kali estiver no final, os homens formarão seitas heréticas e brigarão por causa das muheres. Isso está fora de dúvida... Nessa Era do Ferro haverá epidemias, fome, secas, revoluções. Os homens não terão virtude, terão poderes maléficos, serão irascíveis, rudes e desnestos. Haverá muitos mendigos entre o povo, a vida será breve; a preguiça, as doenças e a miséria prevalecerão, causadas pela ignorância e pelo pecado.

“Na Kali Yuga, até Mahadeva, o deus dos deuses, não será divino para os homens. Os seres deterior-se-ão rapidamente, adotando um modo de vida contrário (às regras)”.

Por seu lado, o Harivamsha, especifica: “Durante o último siclo, haverá grandes guerras, grandes tumultos, grandes temporais, grandes terrores”. E o Linga Purana profetiza: “Os homens da Kali Yuga serão atormentados pela inveja, serão irritadiços, indiferentes às consequências de seus atos... seus desejos serão mal orientados, seu saber será utilizado para fins maléficos... os chefes de Estado serão em sua maioria de baixa extração. Serão ditadores e tiranos...

“Os ladrões se tornarão reis e os reis, ladrões. As mulheres virtuosas serão raras. Generalizar-se-á a promiscuidade...  a terra já quase nada produzirá em certos lugares, mas será abundante em outros. Os poderosos se apropiarão dos bens públicos e deixarão de proteger o povo... pessoas sem moralidade pregarão a virtude... formar-se-ão associações criminosas nas cidades e nos países”.

O  fim dos tempos, ou seja, a Kali Yuga será marcada pela vinda de Kalki, o décimo e último avatar de Vishnu. Ao mesmo tempo vingador e redentor, ele virá como um guerreiro montado em seu cavalo branco alado. Em uma das mãos brandirá uma foice, na outra, um disco, que assim como o tridente, também é uma insígnia de Shiva; o disco é o de Vishnu, o segundo membro da trindade hindu. Kalki travará uma grande batalha contra Kali e seus seus sequazes, eliminará o mal e fará a restauração do dharma (lei natural), podendo assim iniciar uma nova Era de Ouro ou Satya Yuga.

Fontes:

DANIÉLOU, Alain. Shiva e Dionisos. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
LISEBETH, André Van. Tantra: o culto da feminilidade. São Paulo: Summus, 1994.

Nossas várias idades


Dr. Edmundo Maia

Aos que ainda não sabem, tenho prazer de informar que nós, seres humanos, temos várias idades. As principais delas são: a cronológica, a biológica e a psicológica (ou emocional). Há outras idades, como a intelectual, a profissional, a social, a idade óssea, etc., evidentemente embasadas naquelas.

Para melhor compreensão, citarei um exemplo: um advogado poderá ter 45 anos de idade cronológica, mas aparentar 35 anos de idade biológica, atuar como se tivesse 60 anos de idade profissional, e proceder como um jovem de 15 a 18 anos de idade psicológica ou emocional. Este advogado de 45 anos cronológicos parecerá biologicamente ter menos idade do que a real, ser um advogado profissionalmente brilhante e mais experiente em relação à sua idade, porém, hipersensível, hiperemotivo, apaixonado, impulsivo, explosivo.

Comumente as pessoas dizem: como é possível o Dr. X com a idade que tem, ser tão eficiente na profissão e viver inquieto como se fosse um adolescente?

Agora fica entendido porque muita gente adulta procede como criança ou como adolescente. É que nem sempre a idade emocional ou psicológica pode acompanhar a idade cronológica.

O ideal do homem seria alcançar, segundo Leme Lopes, a idade psicobiológica, conceito que reuniriam a idade evolutiva-constitucional, a psicomotora, a intelectual, a emocional e a social substituindo a idade cronológica.

Fonte: 

MAIA, E. A Psicologia e a Psiquiatria do Dia-a-Dia. 2ª ed. São Paulo: Almed, 1995, pp. 15-16.

Diálogo entre o profeta Muhammad e o abade Paulus

Certa vez, em um monastério nas terras de Sham (Síria), o jovem Muhammad, que mais tarde viria a se tornar profeta do Islã, foi questionado por um abade chamado Paulus:

- Então, Muhammad, agora já conheces verdadeiros cristãos. Comparaste a nossa doutrina com a dos judeus. Para qual das duas te sentes atraído: queres ser cristão ou judeu?

- Nenhum dos dois, confessou francamente Muhammad. O judaísmo foi maravilhoso, da maneira como foi iniciado. Mas então os homens perverteram-no, e agora estagnou, porque os tolos ainda esperam o Messias, em vez de reconhecerem que ele já peregrinou pela Terra. Agora o judaísmo nunca mais progredirá. Excluiu-se da própria vida.

- E o cristianismo? animava-o o abade, ao qual agradaram as ponderações do jovem. Como encaras o cristianismo?

- Seria a continuação do judaísmo, disse Muhammad meditando. Reconheceu o Messias, mas não fez desse reconhecimento o uso devido.

- Rapaz como tu entendes isso? perguntou o abade espantado.

Ele pôde escutar meio divertido, quando o jovem falou com menosprezo da doutrina dos judeus, mas como agora se referia de maneira idêntica ao cristianismo, não conseguiu mais calar-se. Muhammad replicou calmamente:

- Vós reconhecestes o Messias como Filho de Deus, que trouxe a salvação. Porém agora disputais sobre quem de vós o interpreta com mais precisão. Fazeis desse reconhecimento um assunto do raciocínio, em lugar de um assunto do espírito. Em vez de aspirar às alturas pela Verdade que ele trouxe, ficais parados no mesmo lugar e deixais a Verdade escapar pelas vossas mãos, até que ela se torne completamente vulgar.

Expressão e palavra não eram mais de uma criança.

Estupefato, o abade olhou para Muhammad, que ousou dizer-lhe tais coisas. Como isso era possível? Em nenhum instante lhe surgiu o pensamento de que Muhammad, sendo um enviado da Luz, estaria realmente em condições de trazer a ele, o inteligente abade, Luz e Verdade. Sentiu vontade de escutar mais, por isso perguntou-lhe:

Como imaginas a crença verdadeira, se repudias uniformemente o judaísmo e o cristianismo?

- Sobre isso já meditei muitas vezes, foi a resposta surpreendente. Devia-se fazer a tentativa de conseguir a transição entre o judaísmo e o cristianismo, porém espiritualizá-lo, porquanto a fé é uma atribuição do espírito e não do intelecto.

Perplexo, o abade fixou os olhos no seu interlocutor, não conseguindo quase mais segui-lo. Isso não vem de ti rapaz! exclamou. Quem te disse tudo isso? Quem te ensinou a pensar assim?

Isso surge em mim à noite, quando faço a minha prece, e eu o retenho porque sinto que é a Verdade. Logo que eu a tiver alcançado mais idade, então pedirei a Deus para ajudar-me a encontrar a verdadeira crença, que possa ser ensinada aos homens. Essa crença conterá então a força para conquistar o mundo e conduzirá todos os homens aos pés do Criador, em gratidão e veneração.

Comovido, o rapaz calou-se. O abade, no entanto, em vez de deixar atuar sobre si essa sabedoria, desejou saber:

- Com quem falaste sobre isso, Muhammad?

- És o primeiro, soou a resposta, mas agora estou arrependido por tê-lo feito, porquanto tu não recebes aquilo que eu disse no sentido como me foi dado. Sempre queres medir tudo pelo teu cristianismo, em vez de distinguir que Deus quer te oferecer aqui coisa melhor! Se, porém, durante a refeição não esvaziares bem a tua tigela de comida do dia anterior, como pode caber coisa nova nela?

(Dos registros akáshicos divulgados pela Ordem do Graal)

Ecletismo


ECLETISMO




Segundo o filósofo francês Victor Cousin (1792 - 1867), o objetivo da filosofia eclética é "discernir entre o verdadeiro e o falso, nas diversas doutrinas e, após um processo de depuração e separação através da análise e da dialética, reuni-las num todo legítimo, com vista à obtenção de uma doutrina melhor e mais vasta." [1]

Simplificadamente, o eclético não é aquele que aprecia de tudo, mas sim aquele se permite conhecer a diversidade (de doutrinas, métodos ou estilos) com o objetivo de selecionar o que há de melhor.

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1. CLÉMENT, Élisabeth. Dicionário Prático de Filosofia. Lisboa: Terramar, 1997.